sexta-feira, 5 de setembro de 2014

ESCRITOR HB

Quando mergulha-se na palpável escuridão, pouco a pouco sua vista se disciplina e se apura. Há mais luzeiros em meio às trevas do que se pode imaginar.


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Siga sua jornada, sendo esta contra ou à favor do Sol.
Seja, a partir das suas robustas intuições, sua própria existência.
Assuma, por mais vergonhosas, torpes e momentâneas que sejam, suas verdades. 
Convicte-se delas!
A estas, deves complacência, fidelidade e respeito.
Respeite a ti mesmo, como um veleiro o faz com o mar, riscando-lhe as crinas quando o vento lhe aprouver tal façanha.
Pare, inspire seu espírito. Reflita em sua essência. E siga, corajosamente, à guerra que optou apropriar-se por sua.
Fracasse convicto de sua honra.
Glorifique-se singelamente à sua modéstia.
Ame, na intensidade, profundidade e entrega de uma criança.
Não corrompas a ti mesmo com meras e momentâneas feridas emocionais. Elas não são dignas de você! 
Se te esmoreces, entregastes o que há de mais precioso não ao que amaste, mas ao sofrimento.



O problema dos devoradores de livros é quando eles continuam sendo medíocres reprodutores daquilo que leem, não permitindo-se um afastamento, uma leitura feita de fora pra dentro. Regurgitam sem digerir. Engolem sem mastigar. Contam livros e não suas histórias. Não pensam.
  

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Sejas tu o espaço e o tempo que és. No presente, no passado, no futuro, e no seu fim. Mas não se iluda pensando que enquanto és, serás no estar tão somente. Ser vai muito além do que o cosmos nos permite compreender.


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Qualquer ideologia econômico-política pode ser considerada de sucesso, se o humano fosse suficientemente bom e de bem.


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Relacionamento é igual tênis de cadarço. Enquanto se está nele, sempre tem que amarrar o laço de novo.


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Quanto mais perto da morte, tanto mais perto da vida se está. A humanidade precisa constantemente ser relembrada dela para que viva mais intensamente, ame mais profundamente, seja mais plenamente. E que as mortes sejam sempre assim, vivificadoras dos que ainda vivem.
  
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De sentimentos intensos e expressão discreta,
mal todos ao seu redor são capazes de imaginar
a imensidão de um coração apertado,
a maturidade em um doce menino.

Mas será digno de credibilidade e confiança,
a peripécia de sentimentos tão puros e diretos?
Sem se proibir, além de te-los vivos,
não se impede de traduzi-los aos demais.

Será que, tão jovem, já sabe da vida?
Já sabe do amor? Já sabe da dor?
Já sabe que ele existe, e está a seu dispor.
E sabe do que dói.

E da dor extraiu couraças,
fez-se mais forte, fez-se menino-homem.
das ausências, extraiu perdão.
sabe que humano é mau, seja ele como for.

E mesmo sabendo, decide soar seu amor,
e ressoar os sinos dos cumes e montes,
e cortar-se de si, e cortá-la de si,
sem nem saber se também é amado.

E quando o tempo é apressado igual menino,
deixa para o futuro um presente que não volta.
E quando o tempo é largado igual velha,
deixa para o passado o que deveria ter vivido.
E tudo vira um pretérito mais que imperfeito.

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Karin Stahlke
Psicóloga
CRP12/10200
Professora de Sociologia/ Filosofia/ Psicologia





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